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A importância da formação de Educadores Cristãos

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Desde a minha conversão, eu me vi envolvido no universo instigante da educação cristã.

Meus primeiros discipuladores amavam a Bíblia e estavam todos envolvidos diretamente no departamento de Escola Dominical.Bem cedo, levaram-me a entender que minha vida cristã só teria relevância, se aquilo que eu fosse aprender e ver nos meus educadores fosse também vivenciado por mim.

Pude entender, rapidamente, o que Paulo disse ao seu filho na fé, Timóteo, e aos crentes de Filipos:

Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido (2 Timóteo 3.14).

O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco (Filipenses 4.9).

Tal como eles, logo me vi, também, apaixonado pela Bíblia e pelo Deus da Bíblia, a tal ponto que, em pouco tempo, já tinha lido toda a Bíblia, a ponto de dormir todos os dias com ela debaixo do meu travesseiro. A Bíblia passou a ser a minha companheira inseparável todos os dias.

Aos poucos, o meu professor de EBD passou a dar-me oportunidades para fazer comentários de parte das lições na classe de jovens, a qual pertencia.Logo, eu senti a responsabilidade de buscar formação teológica e ingressei, aos 18 anos, em um seminário teológico, que era referência em nossa denominação.

Certa vez, viajando pelo metrô, eu li uma propaganda de uma instituição de ensino: “As oportunidades aparecem para quem está preparado para elas”.

Ao investir em minha formação teológica, as oportunidades realmente surgiram, e passei a ter maiores oportunidades na minha classe e, com o passar do tempo, desenvolvimento bíblico e experiência, assumi a classe, na qual eu fora aluno.

Bem, sabemos o quanto nossos primeiros mestres na escola secular nos influenciaram, seja para o bem ou para o mal. Também sabemos que, mesmo que as nossas primeiras experiências não tenham sido tão agradáveis, e até traumáticas com certos “educadores”, elas poderão ser amenizadas e corrigidas por outros que, por verdadeiro sacerdócio, levem essa vocação ao status de uma missão divina.

Sabendo disso, não podemos admitir que pessoas despreparadas e não vocacionadas para o ministério do ensino bíblico estejam à frente de nossas classes de EBD em nossas igrejas.Ser um Educador Cristão é missão. Missão no sentido de alguém que é chamado a ir e realizar algo, que irá transcender a existência terrena das pessoas, as quais aceitaram o chamado do Senhor Jesus, nosso Mestre.

Em uma chamada divina, há três fases: chamado, preparo e envio.

Sim, o Senhor Jesus comissionou-nos e tem nos enviado para todos que serão a razão do nosso ensino, para apontar o caminho para a vida eterna – Jesus – por meio do Seu bendito Evangelho.

No cumprimento dessa missão, exige-se preparo secular e teológico adequado e contínuo. Não se surpreenda – essa é a parte mais fácil.Essa missão exigirá de ti, educador cristão, até mesmo uma readequação das suas prioridades, mesmo financeiras. Conhecimento requer investimento, cujos dividendos você não colherá aqui nesta Terra.

Para ser um bom educador, as exigências são: Saber aplicar bem os conteúdos; propor diferentes atividades nas aulas ou fora delas; conviver, respeitar e cuidar da individualidade do aluno; acompanhar o aluno nas suas dificuldades de aprendizagem; ser um mentor para os alunos  descobrirem seus interesses e talentos; dominar os conteúdos, usar a didática adequada, recursos instrucionais e tecnologias; saber se comunicar bem; estimular a participação dos alunos; saber mediar trabalhos e ser paciente e próximo do seu aluno.

A questão que fica é: para um Educador Cristão toda essa lista basta?

Acabou? Não! Todo educador secular sabe que tudo isso é necessário, mas, para nós, Educadores Cristãos, deve-se acrescentar ao seu conhecimento secular o saber bíblico-teológico e, a essa longa lista, se quisermos ser fiéis a nossa vocação celestial, ainda: Uma vida de oração, jejuns, vida exemplar, renúncia, pesquisa bíblica, lágrimas, bom testemunho, quebrantamento, preocupação constante para com aqueles que o Senhor nos confiou e muita, mas muita dedicação.

Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino (Romanos 12.7).

Com minha alma te desejei de noite, e com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te; porque, havendo os teus juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça (Isaías 26.9)

A importância de educadores, que entendam a sua chamada ao ministério do ensino como missão, deve ser vista como vida, mas, também como morte. Morte? Sim. Morte no sentido de que cada Educador Cristão deve espelhar em sua vida o mesmo amor, que Jesus teve por Seus discípulos a ponto de levá-lo ao Calvário.

Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos (1 João 3.16).

Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos (João 15:13).

Prezado irmão e irmã, se você sente esse chamamento divino para ser um Educador Cristão ou uma Educadora Cristã, quero te dar uma notícia:

Acabou o seu sossego!

No entanto, a promessa da recompensa virá e de forma gloriosa.

Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente (Daniel 12.3).

Deus te abençoe!

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